Quarta-feira, 4 de Junho de 2008

Depois do Allgarve... espanhois, apoderam-se do Algarve

Anúncio de campo de golfe de Ayamonte socorre-se da zona portuguesa

Mendes Bota volta a criticar utilização abusiva da expressão:
"Algarve Espanhol” 

03.06.2008 - 16h25 Lusa

O deputado social-democrata Mendes Bota voltou hoje a denunciar a "utilização abusiva" do nome do Algarve em recentes anúncios para férias no sul de Espanha e questionou o Governo se já tomou iniciativas nessa matéria.

Em causa está um anúncio do Costa Esuri Golf Club, de Ayamonte, que vem publicado no último número da revista Algarve Golf Guide. O anúncio, todo em inglês, intitula-se "Novo Campo [de golfe] no Algarve Espanhol e chama a atenção para a curta distância a que o equipamento fica de Faro (30 minutos).

Anexando uma cópia do espaço publicitário ao requerimento, o parlamentar algarvio questiona se o Governo já tomou alguma iniciativa judicial para proteger o nome do Algarve, "já abusado em tempos para efeitos imobiliários".

Mendes Bota questiona ainda se, face à recente "utilização abusiva" do Esuri Golf Club, pensa desenvolver alguma acção no plano judicial. Ressalvando que os dois países ibéricos são "irmãos", com "excelentes relações sociais, políticas e económicas", o deputado - também líder do PSD/Algarve - opina que, não obstante, "seria bom" que a actual demarcação fronteiriça "se mantivesse tal como está por mais algumas centenas de anos".

"Não faria sentido promover touradas na Andaluzia Portuguesa. Também não faz sentido vender apartamentos ou 'green fees' de golfe no mercado espanhol", sustenta, na missiva em que convida o Governo a pronunciar-se sobre o caso.

Publico.PT

sinto-me:
Independência em perigo editou às 17:29
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Domingo, 4 de Maio de 2008

Opiniões...

TAMBÉM A DEMOCRACIA JÁ VAI NUA

António Justo



O socialismo derrubou o Estado Novo e o capitalismo vence sobre a democracia.

As revoluções liberais começam-se com a oferta de liberdade, igualdade, fraternidade e justiça. O povo, que não reflecte sobre as lições da história, vai na fita e acomoda-se. Entretanto os libertadores ocupam os postos dos depostos, dando continuidade à opressão e ao suborno, registando-se naturalmente um progresso quantitativo que não qualitativo.

No regime democrático iniciado com o 25 de Abril, tal como na primeira democracia portuguesa, faltam os pressupostos democráticos aos iniciadores da revolução. Numa e noutra não domina a razão nem tão-pouco a voz do cidadão adulto mas sim a força e a corrupção cimentada por uma mentalidade autoritária.

Assim, transformam a nação numa coutada partidária, ainda antes do povo entender o que era democracia e o que significa liberdade.

Sem uma consciência de povo nem de nação, tratava-se de sanear pessoas de postos e ocupá-los por outras. Pessoas espertas, depois de terem calcado a bandeira portuguesa no estrangeiro, importam, também agora, daí ideias a que se encostam. Não parece haver a consciência do que se é nem do que se quer. Não são personalidades que fazem a história mas a história que lhes atribui personalidade!

Mesmo hoje, depois de 30 anos de exercício, até no parlamento, não há o mínimo de respeito pelos colegas parlamentares. Causa náuseas, por vezes, observar o sorriso sarcástico e as respostas de carácter pessoais que um PM dá aos intervenientes de partidos concorrentes. Um povo simples habituado às reacções dos chefes dos seus clubes de futebol não exigem mais dos seus governantes e até pensam que a resposta ad hominem dada pelo PM é bem dada. Portugal cada vez se degrada mais para um país de adeptos e de adaptados. A realidade passa a ser projecção e a inteligência esperteza. Enfim, um povo plateia, com políticos que não estão, sequer, à altura do profissionalismo dos seus jogadores de futebol. Apenas os superam na conversa; comungam da corrupção. Consequentemente, um povo, de memória curta, já sem força para levantar a voz nem o rabo, lá se vai arrastando para as urnas do voto, na cumplicidade de jogo pelo jogo. Cada vez o faz menos convicto. Talvez o desencanto do adro político!

Fazem leis que dizem legitimadas em nome dum povo que desprezam e teimam continuar a desconhecer. Já não conta o problema da legitimação. Naturalmente que a democracia não soluciona o problema, por vezes contraditório, da decisão legitimada democraticamente e da decisão legitimada pela razão. Na ditadura a legitimação assenta no poder do ditador. Na democracia no poder do grupo mais forte, mas também não na razão. Apesar de tudo isto a democracia é um bem superior a defender-se. Os políticos esbanjam-no e maltrata-no. Deslegitimam-no atendendo à arbitrariedade da força normativa em que se baseiam. Do autoritarismo duma economia de plano passou-se para o autoritarismo da economia liberal. Antes decidia um sistema hoje o outro; ontem um de carácter pessoal, hoje um, sem carácter, anónimo.

Não se trata de colocar o problema da ditadura ou da democracia mas de ver como o Estado trata os cidadãos e como trata espacialmente os mais carenciados. Certos investimento em campos de futebol e em objectos de prestígio à custa do investimento na produção, desrespeita o povo. Investe-se na capital o que se rouba à província. Estes são, muitas vezes, investimentos para inglês ver!

Temos uma democracia que devemos defender. O que nos falta na classe dirigente são homens democratas da craveira dum Salazar dos bons tempos mas naturalmente modernizado. Faltam-nos homens que sejam capazes de cometer erros mas que se afirmem na defesa da nação e do povo. Não se trata de exorcizar o presente nem de nega-lo, mas de se não deixar ir na enxurrada.

Os políticos encostam-se à liberdade e a economia à liberdade de consumo. Chegou-se porém a um ponto em que o crescimento do consumo já não satisfaz nem é comprável por grande parte da população. Passa-se a um consumo à custa da liberdade e da dignidade. Isto porque a política se sujeitou à economia.

Os vendilhões do templo da Democracia

A democracia não parece já interessar-se pelos cidadãos que são tidos apenas como consumidores e como contribuintes. Um estado que reduz a ética do capital ao imposto sobre ele não é independente e torna-se supérfluo. Uma empresa privada faria então melhor o seu papel do que o Estado.

Uma democracia que permite que um seu cidadão ganhe tanto ou mais num mês como um trabalhador simples em toda a sua vida não merece o nome de democracia. Essas diferenças não se davam num tempo do capitalismo mais moderado. Hoje, um super-capitalismo inteligente sabe influenciar com as suas lobies a política e comprar os políticos com ofertas às suas fundações e organizações (que se podem tornar em instrumentos de lavagem de dinheiros e da compra de consciências que se dizem ao serviço do povo). É preciso expulsar os vendilhões do templo da democracia. A democracia está em perigo. A gravidade da crise é ser colocada em perigo pelos que a representam e se servem dela.

Robert Reich, no seu livro Superkapitalismus, dá pistas muito úteis para uma coexistência respeitosa entre cultura política e cultura económica no sentido de se dominar o super-capitalismo que já domina sobre a democracia.

António da Cunha Duarte Justo
 

Independência em perigo editou às 09:02
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Segunda-feira, 17 de Março de 2008

Palavras bem actuais...

 Pátria - 1896

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

[.] Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

Guerra Junqueiro

Independência em perigo editou às 18:56
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Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008

Dá gosto viver em Portugal…

“Dá gosto viver em Portugal…”



DÁ GOSTO OUVIR QUE

O PM de Portugal disse há dias em Braga que o seu melhor amigo era Zapatero, o PM espanhol, mas, logo depois, quando lhe perguntaram se a devolução de Olivença tinha sido abordada na cimeira, logo respondeu que isso “era folclore!”… e dias depois, quando se soube que vai ser construída uma enorme refinaria petrolífera próximo de Badajoz e que irá poluir e “matar” a barragem de Alqueva, Sócrates limitou-se a negar… será que se atreve a falar sobre isso com o seu “amigo da onça”?

DÁ GOSTO TOMAR CONHECIMENTO QUE

Mais, Sócrates declarou em 10 de Janeiro que só na véspera tinha conhecido o Relatório do LNEC, mas que, face às conclusões do mesmo, o governo ía decidir-se pela construção do novo aeroporto em Alcochete. Só que, há dias, o Director do LNEC declarou que o governo já sabia dessas conclusões desde 19 de Dezembro do ano passado… e perante mais esta falsidade do PM, a somar à da prometida não subida de impostos ou da criação de 150.000 empregos, etc, ninguém tem a coragem de lhe chamar mentiroso, fanfarrão e incompetente?

DÁ GOSTO SABER QUE

Tudo acontece ao ministro da saúde, Correia de Campos: quando não são as mortes de crianças ou de idosos, quase diárias, à porta dos SAP’s ou das urgências hospitalares fechadas ou por atrasos de ambulâncias, é o sistema informático do seu ministério que não serve! Soube-se no domingo passado que o ministério da saúde comprou por 7 milhões de euros à “Alert”, por ajuste directo e sem concurso público, um sistema informático que é incompatível com os sistemas informáticos já existentes nos centros de saúde!

DARIA GOSTO SABER QUE

Perante tão evidente favorecimento de alguém a alguém, eu nem preciso da ajuda do novo Bastonário dos Advogados, para perguntar daqui ao Sr. Procurador-Geral da República do que é que está à espera para promover a prisão preventiva dos (ir)responsáveis do ministério da saúde, por ser a única forma de os impedir de continuar a delinquir?

PELO QUE ANTECEDE E MUITO MAIS

O Referido Bastonário, Marinho Pinho, disse alguma coisa que alguém neste País não soubesse? O que ele afirmou é novidade para quem? Será que o prometido inquérito pelo PGR alguma vez vai acusar alguém? E mesmo que isso suceda, alguém acredita que não irá tudo prescrever antes do julgamento, face à recente pseudo reforma penal, autêntico embuste jurídico-penal, feito para proteger os criminosos endinheirados?

POR OUTRO LADO, DÁ GOSTO VER QUE

A pseudo Oposição que temos apresenta uma mão cheia de vento e a outra cheia de coisa nenhuma, a começar pelo actual líder do PSD, que depois de ter sido a favor da Ota, optou por ser a favor de Alcochete, bem como, depois de ser contra o abaixamento dos impostos, já veio há dias dizer que, afinal (Marques Mendes tinha razão), era altura de os baixar… Tudo isto me lembra o que Alberto João Jardim disse há anos num congresso do PSD, será que “está tudo grosso?”.

ENTRETANTO, DÁ GOSTO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Fala, fala e até diz graçolas sobre a “ASAE”, mas, para além disso e de ir dando umas “voltinhas” pelo país, Cavaco Silva não passa da conversa… do que é que estará à espera para impedir desgraças maiores e que o país continue a afundar-se? Ora, talvez por eu gostar muito do mar, é que comecei este texto com o título “Dá gosto viver em Portugal…”

 Jorge Rodrigues Paz - Lisboa
 

Independência em perigo editou às 20:57
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Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008

Mau serviço a Portugal

José Sócrates ainda sabe onde é Portugal?




José Sócrates na última Cimeira Ibérica disse que Zapatero, o PM Espanhol , é o seu melhor amigo!!!

Zapatero nem sabia, e a melhor prova é que agradeceu as palavras, com um ar estupefacto!!!

José Sócrates com a fobia do "choque tecnológico" esquece as lições da História.


Nunca um Primeiro Ministro Português pode dizer isso de um Primeiro Ministro Espanhol. A não ser que José Sócrates esteja em sintonia com os históricos interesses de Espanha em anexar Portugal!
Ou Zapatero quer entregar a Portugal a Vila de Olivença e seu termo, cumprindo assim o que Espanha se obrigou quando aceitou a entrega a Portugal de Olivença?
Ou quereria José Sócrates dizer que José Rodriguez Zapatero é o seu melhor amigo porque José Rodriguez Zapatero o vai ensinar a respeitar os direitos humanos,? Porque José Rodrigues Zapatero o vai ensinar a abrir escolas em vez de as fechar . Porque o vai ensinar a criar riqueza em Portugal em vez do nosso País ser o "orelhas de burro" na União Europeia. Porque Zapatero vai ensinar José Sócrates a aumentar as pensões de reforma, a elevar o nível de vida dos portugueses?

Como Zapatero faz e quer redobrar em Espanha, como se vê na notícia que o site Portugal Diário noticia.
Veja aqui:  Portugal Diário

A "declaração de amor" , leia-se "declaração de amizade" - ou como cada um quiser ler - de José Sócrates a Zapatero não foi natural, cheira a bajulice, pelo menos...
Nada de pessoal me move contra José Sócrates , mas, como cidadão eleitor que sou, tenho de lamentar a demagogia, a fanfarronice, a falta de qualidades políticas, a arrogância, a insensibilidade aos problemas das pessoas, sobretudo das mais idosas, dos jovens, das populações do interior, que José Sócrates mostra.
José Sócrates é um exemplo acabado de um político falhado. Porque o político deve ter em primeiro lugar o bem comum como fim e José Sócrates age e reage como um individuo que não sabe para onde vai. É assim como um médico que vê o doente morrer e em vez de o tentar curar faz eutanásia.
A declaração de José Sócrates sobre "aproveitamento político" do caso da morte do bebé em Anadia, enche-me de tristeza.
Como é possível que o Primeiro Ministro de Portugal veja o Paraíso onde cada vez mais há dor , fome, sofrimento moral?


Espero que nas próximas eleições José Sócrates seja derrotado estrondosamente.
A Bem de Portugal e da Nação!
José Maria Martins
 

Independência em perigo editou às 11:00
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Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008

Incrível! Inqualificável!


Incrível!

Inqualificável!


No telejornal das 20 horas de hoje, sábado, 19 de Janeiro de 2008, o chefe do Governo, José Sócrates, respondendo à pergunta de um jornalista sobre se na cimeira luso-espanhola fora discutida a questão de Olivença, disse: “Isso é folclore”.

Este homem não revelou sentido de Estado. Nem está a defender a dignidade de Portugal.

Enquanto o governo espanhol não perde oportunidades de reivindicar a posse do rochedo de Gibraltar actualmente sob soberania do Reino Unido e o Reino de Marrocos persistentemente reclama da Espanha a devolução de Ceuta e Mellila, os governantes portugueses demitem-se do dever patriótico de exigirem da Espanha o retorno de Olivença ao seio da pátria portuguesa.

Infelizmente a atitude de cobardia face à Espanha tem sido constante. Desde governos monárquicos, passando pelos governantes da primeira república, governos de Salazar, até aos executivos que se sucederam desde 25 de Abril de 1974, todos se têm curvado, subservientes, perante os governantes espanhóis. É uma vergonha nacional. Uma desonra do Estado de Portugal.

Teria sido por esta cobardia dos dirigentes políticos nacionais que o generalíssimo Francisco Franco nutria um soberano desprezo pelos portugueses e que, mesmo na hora da morte, ousou classificar-nos de gente cobarde?

Quanto aos actuais governantes comprazem-se em se confessarem amigos dos seus homólogos espanhóis e se assumirem como simpatizantes do Iberismo.

Esta é uma situação de renúncia, de servilismo e desonra que nos deixa envergonhados perante nós mesmo e os outros povos.

Uma infelicidade que resulta de estarmos mergulhados na “austera, apagada e vil tristeza”, citada pelo imortal poeta maior da nossa mui querida Língua.

Brasilino Godinho

extraído de: A Quinta Lusitana

Independência em perigo editou às 09:35
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Sábado, 19 de Janeiro de 2008

SÓCRATES E OLIVENÇA

SÓCRATES E OLIVENÇA


Há jornalistas que nos fazem continuar a acreditar que a liberdade de opinião teima em resistir.

Assim sucedeu no final da XXIII Cimeira Ibérica de Braga, no dia 19 de Janeiro de 2008. Um jornalista da RTP teve a coragem de perguntar ao Primeiro Ministro José Sócrates o que pensava da presença, uma vez mais, de gente a questionar o problema de Olivença. Visivelmente surpreendido, o estadista português disse que tal presença se inseria no folclore habitual de tais eventos... esquecendo-se de referir que os "Amigos de Olivença" foram impedidos de exibir uma faixa ("Olivença é Terra Portuguesa"), salvo se a cinco (!!!) quilómetros de distância, sob ameaça de prisão. O Jornalista insistiu, referindo que talvez fosse tempo de abordar a questão em tais cimeiras. Sócrates repetiu-lhe que tal "situação" se verificava há quinze anos, e que, tal como sempre os vários primeiros-ministros o faziam, considerava tal um folclore. O profissional da Informação reformulou inteligentemente a pergunta, inquirido se, afinal, o problema de Olivença estivera ou não na agenda. O Primeiro-Ministro disse simplesmente que não.

Não chegou, pois, ao extremo de dizer que o problema não existia, o que constituiria algo grave, dada a existência de documentos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, com menos de dois meses, em que é afirmado claramente que Portugal nada fará que ponha em causa os Direitos de Portugal sobre a Região de Olivença. Talvez Sócrates se tenha lembrado que as águas do Alqueva são quase exclusivamente portuguesas por causa de Portugal manter esta posição.
Compreende-se que, em nome do politicamente correcto, se evitem abrir feridas, de parte a parte, nestas cimeiras, embora seja muito discutível a sua real utilidade partindo destes pressupostos. Compreende-se que se façam concessões... e viu-se a rapidez com que o Governo Português prometeu mudar legislação para que os médicos espanhóis não vissem os seus carros multados em Portugal. Parece que nestas cimeiras há um estado que não deixa passar "nada em claro"(e faz muito bem !)e não adia problemas. Critérios, enfim!

É muito lamentável, todavia, a classificação de "folclore" para tais manifestações. Por um lado, faz recordar o episódio do barco português enviado a Timor com Ramalho Eanes como passageiro, que foi barrado por navios indonésios e classificado como "folclórico" por Jacarta. Sócrates, aqui, não foi feliz. Por outro lado, levanta algumas questões práticas: considerará Sócrates "folclóricas" as habituais contestações espanholas à presença britânica em Gibraltar? Ou insinuará que os "manifestantes por Olivença" deverão mostrar-se com trajes folclóricos oliventinos (alentejanos)? Talvez assim as autoridades não os impeçam de exibir uma faixa.

Devo a José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa respeito enquanto Primeiro-Ministro do meu País. Mas não sou obrigado a concordar com ele. E lamento que, falando em nome do País, produza tão infelizes adjectivações..

Estremoz, 19 de Janeiro de 2008
Carlos Eduardo da Cruz Luna
 

Independência em perigo editou às 23:09
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Domingo, 9 de Dezembro de 2007

O estado da Nação

"Quinta Lusitana"

Portugal é um jardim à beira-mar plantado.


Junto uma crónica sobre o estado da Nação. Se estiver de acordo com o seu conteúdo encaminhe-a aos seus amigos. Porque contem matéria importante de interesse geral. Urge que o maior número de portugueses tome consciência da necessidade de reflectirmos sobre o País. Também se impõe que todos sejamos mais exigentes na defesa dos direitos de cidadania e rigorosos na apreciação das acções político-administrativas que condicionam a nossa existência e a vida do colectivo dos cidadãos.

 

Um texto sem tabus…

TERRA DE INDÍGENAS À MÍNGUA

MAS PARAÍSO DE GENTE REGALADA

E ABUSADORA

 

1 - Há muito tempo que está consagrada na linguagem corrente a expressão: “Portugal é um jardim à beira-mar plantado”.

Seja porque: o jardim tenha sido mal plantado; as plantas e as flores não adequadamente adubadas e regadas; a localização inadequada à beira-mar, com os ares marítimos a prejudicar o normal desenvolvimento e sobrevivência das espécies; a vigente arte de cultivar não siga as mais elementares regras da jardinagem; e os jardineiros trabalhem mal e porcamente; certo é que o espaço - onde seria suposto existirem as belas plantas e as lindas flores do nosso encantamento, a utilitária terra fértil e de culturas variegadas e, ainda, o local aprazível de refúgio propício à tranquilidade no qual nos cruzaríamos, frequentemente, com pessoas respeitáveis e respeitadoras, adornadas com os atributos da idoneidade, da boa compostura ética e do aprimoramento cívico - está cada vez mais desgracioso, feio, sujo e repelente.

Decerto, que seria interessante e proveitoso que o jardim Portugal fosse bem frequentado e proporcionasse aos residentes (e aos estrangeiros) agradáveis impressões de bem-estar e deleite espiritual. Não é o caso.

Enquanto os indígenas não desfrutam o referido jardim porque lhes é vedado o acesso e também porque lhes fenece o ânimo, dado viverem inquietos, famintos, desnudados, sofredores e desprezados pelos falsos zeladores do regular funcionamento da sociedade do consumo que lhes está cerceado e mesmo, a cada momento, mais distante e fugidio; as gentes dos “bons costumes” do oportunismo, da ganância, da desvergonha, dos compadrios, das negociatas, muito afeiçoadas aos grandes proventos, cativaram a parte mais substancial, vistosa e deslumbrante do jardim Portugal, abocanharam-na e chamaram-lhe um figo. A ela, deliciosa iguaria, comem-na como se fora uma pêra doce, sem amargos de boca e jamais sentindo quaisquer sentimentos de remorso pela indevida apropriação. Igualmente, à-vontade, sem entraves da parte das autoridades policiais…

2 - Assim, de jardim nunca bem concretizado, o Portugal dos nossos dias passou à categoria de “Quinta Lusitana” onde as criaturas, que parecem ter o rei na barriga e passam o tempo a contemplar o umbigo, se instalaram na condição de donos e como se o fizessem numa reserva de caça privativa.

Escusado será dizer que na “Quinta”, abusivamente tomada de assalto por eles, não cabem os indígenas. Escorraçados pelo Poder, detido pela grande confraria dos “amigos da onça”, os indígenas estão confinados num gueto nacional. A este convergem as maiores arbitrariedades e ofensas à dignidade da pessoa humana vindas do poderoso núcleo de “irmãos” que tudo comanda, desgoverna e subverte em Portugal.

3 - Nos últimos tempos acentuou-se a degradação das condições de vida de imensa camada da população. Para isso contribuíram: baixos salários, pensões de reforma miseráveis a diminuírem ano após ano em contraposição aos crescentes aumentos dos custos dos bens essenciais: alimentação, transportes, vestuário, habitação, electricidade, cuidados de saúde, educação, combustíveis e telefone. E não só. Factor importante do agravamento das carências e dificuldades da maioria da população tem sido a escalada progressiva dos impostos directos e indirectos.

Sintetizando: o cidadão vulgar não integrante, nem comparsa da “Quinta Lusitana” tem vida muitíssimo complicada, sem esperança de estabilidade e de futuro risonho. É que as sujeições e os agravos são muitos, paralisantes e arrastando dramáticas consequências. Os responsáveis dos maus-tratos trazem-no debaixo de olho, estão atentos e operando… Baixam-lhe o poder de compra. Reduzem-lhe o vencimento. Privam-no de se alimentar convenientemente e aos familiares. Dificultam-lhe o acesso à assistência médica e aos medicamentos. Regateiam-lhe o ensino aos filhos. Negam-lhe a educação. Afastam-no da cultura. Não satisfeitos, tratam-no como atrasado mental que nem perceberia as intrujices e patacoadas com que o querem confundir e aliciar – o que representa inqualificável insulto e grave ofensa à dignidade e inteligência do ser pensante.

Inclua-se a persistente insegurança pública e ficaremos com uma visão nítida do descalabro a que chegou a situação do País.

4 - Mas se - como referimos nos antecedentes - daquelas maneiras restritivas, grosseiras, desumanas e prepotentes, são tratados os indígenas, aos grandes administradores e aos políticos que se exibem na praça pública e no circo político são atribuídos enormes vencimentos, avultadas comissões, chorudos subsídios e altíssimas mordomias. Benesses que seriam escandalosas se não fora o caso de Portugal ser o pais da Europa onde os escândalos desta natureza são mais rotineiros e numerosos e o povo já se ter habituado a este estado de coisas ao ponto de, infelizmente, não lhe dispensar a atenção reprovadora que se impõe. Tome-se nota que estamos confrontados com um quadro de ignomínia, de desfaçatez e de imoralidade, que é - de facto - um dos motivos de atraso e de descrédito de Portugal. Falamos de uma clique de atrevidos, obscenos, oportunistas, acantonada numa nação pobre. Eles auferem rendimentos iguais ou superiores aos mais elevados dos homólogos de países ricos como os Estados Unidos da América, Reino Unido, Alemanha, França e outros de idêntica grandeza e projecção mundial. Por exemplo: o presidente e membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal. A criatura, Victor Constâncio, repete constantemente em público que é preciso conter os salários e as despesas da Administração Pública. Porém, esquece-se da sua pessoa. Convenhamos que é preciso ter enorme lata. Logo ele e esposa que têm rendimento anual de milhões de euros. Devia estar caladinho. Por elementar decoro e imperiosa coerência exigíveis a um alto responsável de uma instituição da importância do Banco de Portugal. Que autoridade moral tem Victor Constâncio para exigir sacrifícios aos portugueses quando ele - que devia dar o exemplo - os recusa para si próprio?

Igualmente noutras áreas como a da Justiça falha a protecção dos cidadãos anónimos. As leis chegam a ser elaboradas com o deliberado propósito de favorecer certos indivíduos a contas com os tribunais (como aconteceu, recentemente, com o caso da Casa Pia). A Justiça que devia ser cega e equitativa, nalgumas ocasiões, tem dois pesos e duas medidas, consoante as pessoas envolvidas nos processos judiciais integram as classes primeira, segunda e terceira.

Quase todos os dias os portugueses são confrontados com notícias de falcatruas, de irregularidades, de transgressões, de novos e gravosos encargos e de graves danos infringidos aos cidadãos e trabalhadores da Função Pública.

Resultado: os ricos mais enriquecem, enquanto os pobres mais empobrecem. A cada dia que passa maior é o fosso que os separa.

5 - O que tudo isto quer significar? Que está em curso uma política de malvadez, de embuste, do faz-de-conta, de perseguição a cidadãos desalinhados com o sistema, de censura e cerceamento da liberdade de expressão, de encobrimento de intenções obscuras, de exploração desenfreada, de medidas de repressão económico-social, que visa provocar o agravamento das já precárias condições de sobrevivência de inúmeros portugueses e extinguir a classe média; sobretudo, instalar um clima de desespero, de medo e de resignação que leve os portugueses a desistirem de pugnar pelos seus inalienáveis direitos. Com três maquiavélicos, criminosos, objectivos: o extermínio do maior número de indivíduos com parcos recursos; a mortandade dos deficientes; o apressado colapso dos idosos. O que aliviando a pressão demográfica seria a panaceia do equilíbrio do Orçamento do Estado e, supostamente, das contas da Segurança Social. Com a vantagem de deixar o campo mais livre e a atmosfera algo desanuviada para certa gente prosseguir a exploração em grande e à-tripa-forra da “Quinta Lusitana”.

Fixemos a realidade que está à vista de todos que não sejam “cegos” e pobres de espírito: É na sombria perspectiva de liquidação das pessoas e de subversão e (ou) anulação dos valores distintivos de uma sociedade forte, coesa, fraternal e sadia, que se revêem os grandes mentores dos não menos grandes protagonistas da desgraça nacional que, actualmente, atinge este país.

Brasilino Godinho
www.portugalnoticias.com
 

Independência em perigo editou às 10:36
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Segunda-feira, 17 de Setembro de 2007

É sempre bom lembrar...

Olivença
Boa Oportunidade para Exigir a sua Devolução
 Falta Espanha cumprir

Estão expostos na Assembleia da República os originais vários tratados celebrados por Portugal.

 

O de Alcanises - de 12 de Setembro de 1297 e celerado no Reinado de D. Dinis - que definiu as nossas fronteitas com Espanha; o de Windsor , que é um tratado de aliança com Inglaterra; o de Tordesilhas, que dividiu as zonas de influências e descobrimentos entre Portugal e Espanha e os tratados de adesão à agora designada União Europeia.
 

A Assembleia da República não pode fechar os olhos a uma realidade: Para as fronteiras definidas pelo Tratado de Alcanises estarem correctas ,falta Olivença e seu Termo, que desde 1801 está nas mãos de Espanha. Ilegalmente.
 

Desde 1815 que Espanha está obrigada internacionalmente a devolver a Portugal a soberania sobre Olivença e seu termo, na sequência da derrota de Napoleão.
 

Portugal não pode fingir que nada se passa.
É tempo , e é esta uma boa oportunidade para Portugal , de exigir a devolução.

Como Espanha exige do Reino Unido a devolução da soberania sobre Gibraltar.
 

É bom recordar que Portugal cumpriu o Tratado que obrigou a devolver a Espanha várias terras conquistadas por Portugal a Espanha , e devolver à França a Guiana Francesa, que os portugueses conquistaram a Napoleão ,depois da primeira invasão francesa.
 

Falta Espanha cumprir. E falta Portugal exigir a devolução, sem tibiezas nem medos e muito menos. É tempo de acabarem as manobras de bastidores da maçonaria ,que tem sido o grande entrave a uma posição firme de Portugal.

José Maria Martins

 

Independência em perigo editou às 17:26
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Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007

Só se os portugueses quiserem...

TEMOS DE PERDER A INDEPENDÊNCIA? 
 

 José António Saraiva

Semanário "SOL", 28 de Julho de 2007

José Saramago disse uma coisa que muita gente tem dito mas à qual a sua condição de Nobel deu uma outra amplitude: Portugal, mais cedo ou mais tarde, integrar-se-á na Espanha.
Do ponto de vista económico, isto já é uma evidência: a Península Ibérica tende a ser um espaço único, com as empresas espanholas a operarem em Portugal com o mesmo à-vontade com que operam em Espanha, e com o seu centro em Madrid.
Resta saber se a esta integração económica corresponderá necessariamente uma integração política.
Os marxistas, como Saramago, acham que sim.
Eu tenho algumas dúvidas.

A propósito, pense-se na seguinte questão: como explicar que a esquerda portuguesa, que no passado se bateu com tanta convicção pela independências das nossas colónias de África, seja hoje tão indiferente em relação à independência do seu próprio país?
Como explicar que a esquerda, que defendeu que Angola, Moçambique, a Guiné, Cabo Verde, deveriam ser nações independentes, aceita hoje com indiferença a ideia de Portugal deixar de ser um país independente?
Como explicar que Saramago, que foi um anticolonialiata militante, possa hoje dizer que o destino de Portugal é integrar-se na Espanha?
A independência era importante para as ex-colónias mas para nós não é?

Julgo que há uma explicação para isto: a esquerda que existe formou-se no Estado Novo e tem como traço fundamental o anti-salazarismo.
Como Salazar era liminarmente contra a independência das colónias, a esquerda era a favor.
E como Salazar era activamente nacionalista, a esquerda é anti-nacionalista.
Ontem combatia o colonialismo português em Àfrica e advogava as independências africanas; hoje aceita pacificamente a anexação de Portugal por Espanha e o seu fim como nação independente.

Verdade se diga que o iberismo está de certa forma na moda não apenas entre a esquerda (nem apenas na boca de Saramago), mas entre a classe média.
A classe média portuguesa olha para o enorme desenvolvimento que a Espanha registou nas últimas décadas, compara-o com o marasmo português e conclui: integrados na Espanha seríamos mais prósperos, mais ricos e mais felizes.
Ora, é uma ilusão pensar assim.
Basta olhar para o que aconteceu em muitas empresas portuguesas que foram compradas por espanhóis: a investigação deixou de ser feita em Portugal e passou a ser feita em Espanha, os quadros superiores portugueses foram substituídos por espanhóis nos lugares-chave, os portugueses ficaram em posição subalterna e acabaram por se sentir estranhos no seu próprio país.

É exactamente para evitar isto que a independência serve: para os naturais de um país não se sentirem estranhos na sua própria terra.
E não deixa de ser insólito que, num mundo em que por toda a parte se vêem povos a bater-se pela independência ou por uma maior autonomia, os portugueses dêem a independência de barato e aceitem abdicar dela.
Provavelmente, o nosso problema é sermos há tanto tempo independentes que já não reconhecemos as vantagens que isso traz (ou as humilhações que evita).
E - há que dizê-lo - a independência é sobretudo uma questão de vontade.
Quando Saramago disse que a integração na Espanha é inevitável, estava implicitamente a dizer que os portugueses não têm vontade de continuar a ser independentes (ao contrário dos bascos ou dos catalães, que no próprio dia em que o franquismo caiu ressuscitaram os seus valores).

Portugal poderá perder a independência.
Mas só se os portugueses quiserem.
Daí que a posição mole, distraída, desinteressada, capitulacionista ou abertamente anti-nacionalista da esquerda portuguesa seja um mau sinal.
Há povos que lutaram pela independência e a conquistaram.
Inversamente, se um povo se desinteressar de ser independente acabará inevitavelmente colonizado.


José António Saraiva

 

Independência em perigo editou às 18:15
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